Em matéria publicada no site do jornal Correio da Tarde, vemos a importância de um medicamento para o tratamento de certas enfermidades e por ser de alto custo os pacientes não podem comprar-lós e isso não acontece só em Natal, no Rio de Janeiro e em outros estados também. Só quem está fazendo o tratamento e fica sem o medicamento é que sente na pele o risco de ficar sem e acabar retrocedendo o tratamento. Isso por que o governo não vê que esse medicamneto é essencial para o bem estar deste paciente que faz hemodiálise e sempre após a sessão precisa dela para manter as taxas de hematox no sangue e para combater a anemia. Estando com as taxas baixas o paciente necessita de transfunsão de sangue o que em excesso é prejudicial para o paciente. Vejam a matéria de Denise Santos na integra.
Publicado no Dia 18/09/2009
Denise Santos
Os pacientes renais e com câncer de Mossoró respiram aliviados com a notícia da chegada do medicamento Hemax (Eritropoetina) nas clínicas especializadas no tratamento de doenças renais e no centro de oncologia de Mossoró. Por se tratar de um medicamento de auto custo, ele não é comercializado em farmácias. Há mais de um mês a medicação não era passada para os doentes, que já estavam com o tratamento comprometido.
O Hemax (Eritropoetina) é utilizado para aumentar o nível de hemácias (glóbulos vermelhos) no sangue, aumentando a qualidade de vida dos enfermos e ajudando no controle da anemia. Desse modo, o Hemax é essencial para o tratamento de doenças como câncer, além de ser indispensável após cada sessão de diálise.
Segundo a gerente da Regional de Saúde, Roberta Fernandes a distribuição do medicamente na Unicat Mossoró volta ao normal a partir da terça-feira, 22.
"Na próxima segunda-feira iremos buscar a nossa remessa de medicamentos em Natal. Na terça-feira pela manhã já começaremos o repasse para os pacientes que necessitam da medicação em Mossoró" - informou Roberta.
Ainda segundo a gerente, a falta do Hemax ocorre devido a demanda que aumenta a cada ano.
"Para se ter uma idéia, em 2004 tínhamos uma média de 250 pacientes que recebiam esse medicamento aqui em Mossoró.
Hoje já passamos de 13.000 pessoas inscritas no Unicat Mossoró. Por isso, em alguns casos, a quantidade não é suficiente", destaca.
Para coordenadora da Clínica de Diálise de Mossoró, enfermeira Aliciane Magalhães, as autoridades precisam entender a necessidade que esses pacientes têm do Hemax (Eritropoetina).
"Precisamos que esse abastecimento seja regularizado para que os problemas enfrentados pelos pacientes renais e com câncer sejam amenizados. Para se ter uma idéia, quando não tomam o Hemax, eles são obrigados a tomar sangue e isso desgasta muito o paciente. Sem falar que as pessoas que estão na fila de transplante correm o risco de perder a vez na fila, caso não estejam tomando a medicação. Precisamos adotar uma política mais eficaz de distribuição desse medicamento, que é vital para esses pacientes" - alertou a coordenadora.
Ainda segundo Alicia, a Clínica de Hemodiálise de Mossoró fez o pedido de 1.995 unidades do Hemax, mas recebeu apenas 900, uma quantidade insuficiente para os 150 pacientes, já que a cada sessão de hemodiálise é necessário a aplicação de uma dose do remédio, como cada renal faz três sessões por semana, a forma encontrada é diminuir a dosagem aplicada. "A chegada do medicamento traz alegria, mas ao mesmo tempo a quantidade preocupa, por que sabemos que, se não chegar o restante, nos próximos dias o uso do medicamento será suspenso novamente" - destacou.
Para Deyze Leite, paciente que aguarda um transplante de rins, a reposição do medicamento traz a esperança de voltar a fila, já que sem a medicação esse procedimento não pode ser feito
"Estou de volta à lista dos que esperam por um transplante, já que sem o Hemax meus hematox baixaram muito e me tiravam da lista.
Como agora voltei a receber a medicação, preciso esperar que os níveis de hematox subam para poder estar apta ao procedimento.
Gostaria de chamar a atenção das autoridades e pedir para que essa medicação não falte, por que sem ela a nossas chances de vida diminuem consideravelmente", implorou a paciente.
Cerca de 400 pacientes dependem do medicamento somente em Mossoró e região.
Disponível em: http://www.correiodatarde.com.br/editorias/tudo-47776
SAÚDE
